Um Trono Negro - Kendare Blake

Um Trono Negro - Kendare Blake

Olá Pessoal 🦙

Hoje trago-vos a minha opinião (com spoilers) sobre o Segundo livro da serie Três Coroas Negras. O segundo volume chama-se Um Trono Negro e é editado pela Porto Editora.

Agora que a ilha de Fennbirn foi apresentada no primeiro livro, o enredo começa a desenvolver-se de forma mais acelerada. Ao contrário de Três Coroas Negras que foi um início mais lento e introdutório, Um Trono Negro tem um ritmo mais frenético desde o início até ao fim. O início do livro narra então a preparação das rainhas para o momento em que se irão encontrar e tentar se matar.

Katharine voltou muito mais forte, perversa e preparada para matar as irmãs depois de ter sido traída e ter conseguido se reerguer. Está sedenta de sangue e não irá parar até conseguir matar as duas irmãs da forma mais humilhante possível. Já não parece a mesma rainha fraca e medrosa que era. Arsinoe só desejava poder falar novamente com as irmãs, mas receia que elas tentem matá-la. Mirabella só quer se vingar de Arsinoe pelo que aconteceu no início do ano de Ascensão.

O primeiro encontro das rainhas, que foram desafiadas por Katharine, acontece em Wolf Spring, terra de Arsinoe. Katharine espera conseguir matar a irmã "em casa" já que para ela é a mais fraca e mais fácil de matar. Arsinoe tenta fugir ao seu destino mas é apanhada por Katharine que acha que a matou, mas não sabe que a irmã é muito mais forte do que imaginava e esconde um segredo que chocaria todos.

O segundo encontro é na terra de Katharine onde a rainha dos envenenadores vai tentar terminar o que já foi iniciado em Wolf Spring. O que acontece a seguir é uma sucessão de acontecimentos inesperados e que não terminam com o destino cumprido.

Foram apresentados novos personagens e finalmente vemos um dom que era negado e escondido desde o início do primeiro livro e que eu, pessoalmente, já esperava e queria muito que aparecesse. Não existem apenas naturalistas, envenenadores e elementais. Existem também guerreiros e oráculos, e são os guerreiros que aparecem para ajudar as rainhas.

Para o fim do livro, houveram um conjunto de acontecimentos tão inesperados, como a autora nos habituou, que só queremos saber se as rainhas vão realizar o seu destino de matar as irmãs, quem vai morrer primeiro ou então se o destino não vai ser cumprido e elas vão poder viver as suas vidas sem se matar. Torcemos pela nossa favorita e esperamos que ela consiga ter a coragem de matar as outras, mas ao mesmo tempo imaginamos como seria impossível matar uma irmã, mesmo que não tenha crescido com ela. São sangue do mesmo sangue.

No final do livro, a autora mostra que ainda tem muito para nos contar e diz mesmo que as rainhas de Fennbirn irão voltar. É um livro viciante que nos cativa do início ao fim, carregado de intrigas, esquemas e reviravoltas que nos levam a não querer parar de ler.

Como é que agora vou viver sem estas rainhas? Porto Editora diz-me que vem aí mais...